Já dizia o Oráculo de Delfos “Ó homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo.” Já é notável que atualmente, podemos entender bem o que Delfos quis dizer. A verdadeira capacidade que o homem tem de se autoconhecer, de buscar a felicidade em si, de possuir todo este autoconhecimento e viver sem a culpa.
Entretanto, foi um pouco duvidoso para aquela época compreender este pensamento. O Dr. Sigmund Freud, no final do século XVIII, nos mostra isso com muito mais propriedade na descoberta do inconsciente, e assim estrutura mais a psicanálise.
Para o Dr. Sigmund Freud a Psicanálise é um método de investigação que busca os significados dos atos, palavras e produções imaginárias, por meio da “associação livre de ideias”, que é observada a partir da dedicada atenção definida como uniformemente flutuante, visando colher dados que ensejem uma interpretação.
E O QUE SERIA A ASSOCIAÇÃO LIVRE DE IDÉIAS?
É um processo intelectivo segundo o qual a mente humana, a partir de uma ideia inicial (que chamamos de indutora), é imediatamente levada a uma outra. Isso ocorreria em razão de alguma “conexão natural” existente entre ambas. A ideia indutora pode ser representada no caso, tanto por uma palavra, como por um objeto, uma imagem, ou até mesmo uma emoção (da qual o sujeito toma consciência) cujo simples aparecimento na mente é suficiente para despertar uma segunda ideia, e esta uma terceira, e assim por diante, num processo praticamente sem limite e no qual, conforme a expressão popular, “uma coisa puxa a outra”.
E COMO A HIPNOSE PODE AJUDAR A PSICANÁLISE?
Agora que definimos basicamente o que é psicanálise, antes de correlacionarmos essas duas ciências, precisamos definir o que é A HIPNOSE.
A Hipnose é um estado natural da mente que pode ocorrer espontaneamente ou ser produzido intencionalmente. Como? Espontaneamente: quando estamos assistindo a um filme, muito concentrado e alguém de repente fala algo para você e simplesmente a mensagem é “ignorada” (o famoso entrar por um ouvido e sair pelo outro); Intencionalmente: através de um procedimento conhecido como indução hipnótica, o qual é geralmente composto por uma série de instruções preliminares e sugestões.
Agora que já sabemos o básico sobre o que é a hipnose, como ela pode ajudar o psicanalista? É importante sabermos que durante uma sessão de Psicanálise, o analisando já entra no consultório praticamente em hipnose, ou seja em transe, isto por que o psicanalista está ali não só com o papel do suposto saber, mas também como figura de autoridade.
Umas das inúmeras questões que ajudam a facilitar o processo de hipnose, é a autoridade. O psicanalista possui esta autoridade, e isso de uma certa forma é uma carta na mão para o profissional. Através desta ideia como aplicar a hipnose numa sessão de psicanálise?
Se o paciente chega no consultório muito ansioso e esta ansiedade atrapalha o processo de análise, torna-se necessário reduzir esta ansiedade antes de iniciar o processo. Assim aplicar a hipnose neste caso seria mais que eficaz, através de uma indução de relaxamento, por exemplo.
Quando o indivíduo está em hipnose, podemos afirmar que o seu senso crítico está rebaixado, logo, este transe vai facilitar a redução das resistências (força que se opõe ao processo psicanalítico) e reforçar o as pulsões (força que traz os conteúdos reprimidos do inconsciente para o consciente), permitindo assim que o processo psicanalítico flua com uma resposta maior. Veja o exemplo abaixo:
Como já dizia Dr. Sigmund Freud, quase trazendo uma explicação mais psicanalítica do que propôs o Oráculo de Delfos: É no tornar consciente os conteúdos inconscientes que o ser ressignifica as suas neuroses e conhece-se a si mesmo; fortalece o ego e alcança o equilíbrio emocional.